Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
A
história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos
meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar,
D.Pedro de Almeida e Portugal , Governador da Província de São Paulo e
Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila
Rica, hoje cidade de Ouro Preto - MG.
Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os
pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram a procura
de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de
muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.
João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o
corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou
novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os
peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a
família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da
vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do
povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a
imagem.
A fama dos poderes extraordinários de Nossa
Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu
um oratório, que logo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de
Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros,
aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis
aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior
(atual Basílica Velha).
No
ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da
Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no
atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar
com a Senhora "Aparecida" das águas.
A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora
da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo
Barros. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de
Basílica Menor.
Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a
vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros
tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO
BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI.
Com
o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi
crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A
primeira Basílica tornou-se pequena.
Era necessário a construção de outro templo, bem
maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos
missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início em 11 de
Novembro de 1955 a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.
Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo
Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a
Basílica de Aparecida:Santuário Nacional; "maior Santuário Mariano do
mundo".
O Padre Francisco da Silveira, que escreveu a
crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a
imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres
realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham
de longas distâncias para agradecer os favores recebidos. Mencionamos
aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora
Aparecida.
O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a
pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras
referências sobre o fato a não ser aquela da narrativa do achado da
imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe
algum, dali por diante foi tão abundante a pesca, que receosos de
naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se
retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera.”
Entretanto, o mais simbólico e rico de
significativo, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima
relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o
povo se encontrava em oração diante da imagem.
Numa noite, durante a reza do terço, as velas
apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião.
Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou
acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente.
Significativo também é o prodígio das correntes
que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção
da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato.
Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito
foi o Padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.<< :::LÉIA MAIS:::>>
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