Candidatos de Natal pedem anulação do concurso da Anvisa


Candidatos acionaram a Polícia Federal para averiguar troca de provas (Foto: Robson Mariano) 

Candidatos acionaram a Polícia Federal para
averiguar troca de provas (Foto: Robson Mariano)
Doze candidatos de Natal do concurso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizado em todo o país no último domingo (1), entraram com um pedido de anulação do certame no Ministério Público Federal por suspeita de irregularidade. Os candidatos alegam que as provas seriam realizadas em dois períodos, das 8h às 13h e das 16h às 20h, e que os cadernos de questões do período da tarde foram distribuídos de manhã.
O G1 entrou em contato com a Cetro Concursos Públicos, resposnável pela organização, e a assessoria de imprensa informou que a empresa aguarda o relatório do coordenador local para se pronunciar.


O concurso da Anvisa para o cargo de especialista de nível superior em vigilância sanitária, organizado pela Cetro Concursos Públicos, já foi anulado uma vez, em junho deste ano, por problemas operacionais na realização do certame.
Neste domingo (1), o erro aconteceu em uma sala da Escola Estadual Ferreira Itajubá, na zona Sul de Natal. Quando perceberam a troca, os candidatos alertaram os fiscais e os cadernos de questões foram recolhidos. "Mas nós passamos cerca de quinze minutos com as provas em mãos", disse Sávio Luan Silva dos Santos, que estava na sala.

Com a constatação do engano, a Polícia Federal foi acionada. A assessoria da PF confirmou que dois agentes estiveram no local e constataram que não houve fraude, mas sim irregularidade administrativa. "Os agentes nos orientaram a pedir aos organizadores uma cópia da ata da ocorrência, mas eles se negaram a nos fornecer esse documento. Os agentes também disseram para nós denunciarmos o caso ao Ministério Público Federal e nós fizemos isso", disse o professor universitário Robson Mariano que também estava na sala do concurso.
Horário de realização da prova não foi cumprido (Foto: Robson Mariano) 
Horário de realização da prova não foi cumprido
(Foto: Robson Mariano)
De acordo com Robson Mariano, a princípio os candidatos se negaram a fazer a prova, mas começaram a sofrer pressão psicológica por parte dos organizadores locais. "Eles diziam que se nós não fizéssemos a prova o concurso seria anulado mais uma vez e que nós seríamos prejudicados, que a Anvisa precisava convocar os aprovados para a Copa, disseram até que o custo para a realização de outra prova como esta era muito alto", relatou.
Com a pressão, segundo ele, os candidatos concordaram em fazer a prova que teve início às 11h30. "A prova seria das 8h às 13 e das 16h às 20h, mas na verdade só começou às 11h30, seguiu até 16h30, tivemos uma hora de almoço, e fizemos a prova da tarde das 17h30 às 21h30. Tudo isso foi muito estressante, nós fomos prejudicados de várias formas. Com tantos problemas eu não estava mais concentrado para fazer a prova", disse o candidato Sávio Luan Silva dos Santos.

 Do G1 RN

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