Francinaldo Batista, de 46 anos, foi atendido no Hospital de Pescadores.
Respirador manual foi utilizado durante cinco horas.
De acordo com a equipe médica, o ideal seria que Francinaldo fosse atendido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) informou que o pedreiro seria levado para o Hospital Giselda Trigueiro quando estivesse em condições de ser transferido. Já o Município, que é responsável pelo hospital, não deu resposta.
Aguardando a liberação do corpo na manhã desta quinta-feira (15), a nora de Francinaldo, Gabriela Silva, culpou a falta de estrutura do hospital pela morte do sogro. "Não tem como explicar. Disseram que havia vaga, mas isso não chegou aos ouvidos dos médicos. Poderia ter sido diferente com uma vaga de UTI e uma máquina de respiração. Os médicos são ótimos, mas a estrutura é péssima, uma calamidade", desabafa.
A direção do Hospital dos Pescadores afirma que o paciente ficou das 12h às 17h respirando com um aparelho improvisado. O Hospital dos Pescadores conseguiu um respirador na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pajuçara. O diretor da unidade hospitalar, Marcos Pinheiro, reconheceu a falta de leitos de retaguarda para atender a demanda. O Hospital dos Pescadores não possui UTI. Uma sala de estabilização é utilizada para atender os pacientes mais graves.
No dia 31 de julho um jovem de 25 anos morreu em condições parecidas no Hospital dos Pescadores. Sem vagas de UTI, ele morreu sem ter o atendimento adequado.
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