Enquanto isso, a população tem que se deslocar para cidades vizinhas ou, no caso dos comerciantes, esperar o retorno dos clientes, que estão desaparecendo.
O autônomo Luiz José da Silva, 29 anos, morador do município de São Sebastião de Lagoa de Roça, no Brejo paraibano, já estava acostumado a realizar suas transações bancárias no Banco do Brasil do município vizinho de Lagoa Seca, onde é cliente, mas há cerca de dois meses encontra dificuldades.
“Depois que a agência foi explodida, a gente está encontrando muitas dificuldades. Se é uma transação que está diretamente ligada a dinheiro, não conseguimos fazer aqui, temos que nos deslocar para Campina Grande ou Esperança”, disse.
Conforme o gerente de Administração do Banco do Brasil no Estado, Marconi Campelo, as cinco agências funcionam nos municípios de Arara (Brejo), que está funcionando com atendimento parcial, além de Lagoa Seca (Brejo), Fagundes (Agreste), Serraria (Brejo) e Paulista (Sertão), que estão com seus atendimentos completamente prejudicados.
De acordo com informações do Sindicato dos Bancários do Estado, somente neste ano foram registradas 36 ocorrências a bancos, dentre elas: 14 explosões (seis no Banco do Brasil, duas na Caixa e seis no Bradesco), nove arrombamentos (três no Banco do Brasil, um no Bradesco, um no Itaú, um no HSBC e três no Santander), seis assaltos (três no Bradesco, duas no Banco do Brasil e um no Santander) e sete tentativas de arrombamento/explosão (três no Banco do Brasil, duas no Bradesco e duas no Santander). Apenas as cinco agências do Banco do Brasil estão com o seu atendimento suspenso, os demais alvos de ações criminosas continuam com o atendimento normal.
Em 2012, foram 63 ocorrências, sendo 29 explosões, 14 apenas contra as agências do Banco do Brasil. Em 2011, o número estava maior. Foram 72 ocorrências, sendo 38 explosões, apenas 28 nas agências do Bradesco. Conforme o gerente de Administração do BB, a instituição está trabalhando de forma urgente para não deixar a população prejudicada. “As obras estão sendo feitas em processo emergencial, por isso, sem licitação, justamente para que as obras de recuperação das agências sejam realizadas de forma rápida, entre 30 a 60 dias, dependendo de cada caso”, explicou.
Jornal da Paraíba
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